ONU incentiva abordagens abrangentes de educação em sexualidade

Aproximando-se dos 10 anos desde sua primeira edição, a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade foi completamente atualizada e publicada pela UNESCO em 10/01/2018.

A publicação defende uma educação em sexualidade mais abrangente e de qualidade visando a promover saúde e bem-estar, respeito pelos direitos humanos e equidade de gênero, e o empoderamento de crianças e jovens para que levem uma vida saudável, segura e produtiva.

“Baseada nas últimas evidências científicas, a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade reafirma a importância da educação em sexualidade em um contexto de direitos humanos e equidade de gênero”, afirmou a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay. “A Orientação promove uma educação positiva estruturada em sexualidade e relacionamentos e centrada nos interesses dos jovens. Ao delinear os componentes essenciais dos programas efetivos de educação em sexualidade, a Orientação permite que as autoridades nacionais criem programas de formação abrangentes e que terão um impacto positivo na saúde e bem-estar dos jovens”.

Orientação Técnica (link em inglês) é formulada para auxiliar os responsáveis pela elaboração de políticas educacionais em todos os países a criarem programas precisos e apropriados às faixas etárias, voltados para crianças e jovens de 5 a 18 anos.
Baseada em uma revisão do estágio atual da educação em sexualidade ao redor do mundo e elaborando melhores práticas nas diversas regiões, a Orientação particularmente demonstra que a educação em sexualidade:

  • ajuda os jovens a se tornarem mais responsáveis em suas atitudes e comportamentos com relação à saúde sexual e reprodutiva;
  • é essencial para combater o abandono escolar de garotas em consequência de casamento precoce ou forçado, gravidez na adolescência e questões de saúde de origem sexual e reprodutiva;
  • é necessária porque, em algumas partes do mundo, reporta-se que duas a cada três garotas não têm ideia do que está acontecendo com elas quando começam a menstruar, e intercorrências por conta de gravidez ou parto são a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos;
  • não aumenta a atividade sexual, comportamento sexual de risco ou taxa de infecções relacionadas a IST/Aids (infecções sexualmente transmissíveis). Também são apresentadas evidências de que programas que promovem a simples abstinência falham ao prevenir a iniciação sexual precoce, reduzir a frequência sexual ou o número de parceiros entre os jovens.

A publicação identifica uma necessidade urgente de uma educação em sexualidade abrangente e de qualidade para:

  • oferecer informação e orientação aos jovens com relação à transição da infância para a idade adulta, e os desafios físicos, sociais e emocionais que eles enfrentam;
  • enfrentar os desafios impostos por questões de saúde sexual e reprodutiva que são particularmente difíceis durante a puberdade, incluindo acesso à contracepção, gravidez precoce, violência de gênero, infecções sexualmente transmissíveis (IST), e HIV e Aids;
  • conscientizar sobre a prevenção e transmissão do HIV, assuntos sobre os quais apenas 34% da juventude ao redor do mundo demonstra ter conhecimento preciso;
  • complementar ou contestar o número amplo de materiais de qualidade variável que os jovens podem encontrar na internet, e ajuda-los a enfrentar as ocorrências crescentes e comuns de perseguição cibernética.

A Orientação foi produzida em colaboração com o UNAIDS, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o ONU Mulheres e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Fonte: http://www.unesco.org

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